Desde o dia 2 de abril de 2024, brasileiros e cidadãos de diversos outros países que antes podiam entrar no Reino Unido sem visto por até seis meses, agora precisam obter previamente o ETA (Electronic Travel Authorisation) — uma autorização eletrônica de viagem que custa 10 libras esterlinas (cerca de R$ 62).
A nova exigência, implementada pelo governo britânico, segue o modelo adotado nos EUA (ESTA) e na União Europeia (ETIAS), e tem como objetivo modernizar o controle de fronteiras de forma mais digital e segura.

Mesmo não sendo um visto, o ETA é obrigatório para embarcar ao Reino Unido, mesmo em viagens curtas, como turismo, eventos ou compromissos profissionais.
A advogada especialista em imigração Livia Suassuna, fundadora da Suassuna Global, reforça a importância de planejamento:
“O que antes era uma viagem simples agora requer atenção extra. Muitos brasileiros ainda desconhecem essa nova regra e correm o risco de ter o embarque negado se não tiverem o ETA aprovado a tempo. O ideal é solicitar com, no mínimo, 72 horas de antecedência.”
Outro ponto de atenção são os golpes na internet. Desde a implementação do sistema, cresceram os relatos de sites falsos que oferecem o ETA por preços inflacionados — chegando a cobrar até 50 libras — e solicitam dados pessoais de forma insegura.
“O único canal seguro é o site oficial do governo britânico (gov.uk) ou o aplicativo oficial, disponível para Android e iOS. Evite intermediários e nunca forneça informações pessoais ou realize pagamentos em sites suspeitos”, orienta Livia.
O ETA é válido por dois anos e permite entradas múltiplas no Reino Unido durante esse período. Mas atenção: a autorização não garante entrada automática no país. A decisão final sempre será da imigração, no momento da chegada.
Para quem está com viagem marcada para os próximos meses — especialmente no verão europeu — a recomendação é clara: antecipe o pedido do ETA, organize os documentos e evite surpresas no embarque.
“Essas mudanças seguem uma tendência global de reforço nas políticas migratórias. Estar bem-informado e buscar orientação especializada pode evitar transtornos e garantir uma viagem tranquila”, finaliza Livia.
Com o aumento no fluxo de turistas, informação é segurança — e o primeiro passo para viver boas experiências no Reino Unido.